sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Feliz dez segundos, feliz novo ano!


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Natal, codependência, Dependência

Feliz Natal meus amores!!!
Sumida, eu? Impressão...rs
É, estou ausente mesmo, mas não pensem que abandonei a minha recuperação, o meu blog, foi só a correria de fim de ano mesmo, tudo voltará ao normal, em breve.

Vamos primeiro para as notícias, para depois eu fazer a postagem sobre o tema escolhido.

Gabriel...

Poucos dias antes do Natal, fiquei sabendo pela irmã dele que ele "desistiu", ele disse para ela que não queria mais continuar o tratamento, que queria voltar para São Paulo, para a vida de antes. Tanto a irmã dele quanto o irmão tentaram convencê-lo a continuar na clínica, mas, ele estava irredutível e sabemos que não podemos controlar a recuperação de ninguém e então, ele se foi...

Chorei um bocado quando recebi a notícias, algumas amigas, companheiras viram no meu Face e me apoiaram bastante no dia e hoje, alguns dias depois, posso dizer que estou aceitando. É claro que pensei que depois de anos e mais anos, pela primeira vez eu ia ter um Natal completo, porque passar a noite de Natal sabendo que ele está em recuperação, seria a felicidade plena pra mim, já que foi na noite de Natal que descobri a dependência dele...Não foi nesse Natal, ainda não chegou a hora, mas a minha esperança sem expectativas continua e sempre continuará, só por hoje eu ainda creio na recuperação.


E por falar em Natal, é sobre isso o que eu realmente quero falar. Tenho estado ausente aqui do meu blog, mas acompanhando os outros blogs e as postagens na "nossa" comunidade no face e andei reparando em uma coisa, na repetição de fatos, parece que todas nós, Codependentes, passamos pela mesma experiência em uma determinada data.

E essa data é o Natal. Li várias companheiras falando dessa data, do quão triste ela costuma ser para várias delas, várias de nós.

Parece que todas Co, em algum Natal de suas vidas ao lado de seus amados dependentes, tiveram assim como eu alguma experiência nada agradável e que fez com que passasse a fazer se sentir triste nesta data.

Não foi um comentário somente, foram vários, dizendo quase a mesma frase: Não gosto do Natal, Natal me deixa triste, Natal me traz lembranças...

Normalmente, no Natal agente relembra de alguns fatos do ano que está chegando ao fim mas, para nós Co, não é somente as memórias do ano todo que retornam, é a memória também de algum Natal em que tenhamos passado imersas na dor, do desespero, na dúvida, em lágrimas, por causa de nossos amados dependentes químicos.

É minhas amigas, essa data nos deixa mesmo um pouco nostálgicas, mas, podemos mudar esse padrão certo? Vamos então daqui até o nosso novo ano, agradecer por estarmos em recuperação, agradecer por termos consciência de que podemos fazer as escolhas em nossas vidas e que somos fortes para arcar com as consequências dela...

Só por hoje minhas amadas, vamos apenas agradecer pela noite de ontem, seja como foi, vamos apenas agradecer por estarmos vivas, com dor ou sem dor, ainda sim, estamos vivas, não sobrevivendo, mas vivendo!

Um grande beijo!



sábado, 15 de dezembro de 2012

Reencontro - Leila kruger

Olá pessoas, espero que estejam todos bem, em ritmo de Festas, é claro...

Essa postagem vai fugir um pouco da regra, não vou falar de Codependência, Dependência Química ou Recuperação.

Vou falar sobre um livro que acabei de ler e que gostei muito, me tirou uma boa quantidade de lágrimas...

Já faz quase um ano quando a autora do livro, Leila Kruger deixou um recado aqui no meu blog, falando do lançamento de seu romance e desde então, esse livro se tornou um dos meus desejados em minha extensa lista de livros que quero.

Mês passado finalmente chegou a vez dele, eu o comprei. Eu o devorei.

Abaixo segue a Sinopse:


"Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar.

"O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo veem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu...

Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino?

Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão?

Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.

O livro, é um ROMANCE, porém, a autora aborda nele o tema drogas, mas não a versão que nós conhecemos, o foco está no que antecede as drogas, o que leva a personagem a entrar nesse mundo, suas lutas internas, a sensação de estar fora do lugar, de não se encaixar, seus medos, angústias.

Com seus diálogos complexos e cheio de mensagens, a personagem Ana Luiza me conquistou de uma forma única, esse livro tem tanto de mim e do Gabriel, em meu livro falo da sensação que o Gabriel tinha de não pertencer a lugar algum, de achar que sempre estava faltando alguma coisa, com Ana Luiza não é diferente. A trilha sonora que acompanha Ana Luiza, são as músicas preferidas do Anjo Gabriel, e algumas, as minhas também.

Chorei, chorei em vários momentos, eu não conseguia parar de ler porque embora seja um romance, senti ele tão vivo, tão real, justamente por abordar um tema que para mim foi real.

Sem dúvida, Reencontro se tornou um dos meus livros favoritos e por isso deixo aqui a dica, um livro lindo, emocionante, tocante, de tirar lágrimas e de nos fazer acreditar no amor.

Fica difícil eu falar sobre o livro como somente uma leitora, eu falo dele como uma Codependente em recuperação que espera até hoje que o seu anjo Gabriel reencontre o seu caminho, como Ana Luiza reencontrou o seu.



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Quando acreditamos no impossível...


Olá pessoas, antes de mais nada, desculpa pela minha ausência temporária...

Tenho trabalhado demais, saído tarde do trabalho e quando chego em casa, parece que ando meio travada para escrever, sem coragem, sei lá...

As idéias aparecem e somem rápido demais, mas, acho que é normal, são momentos... Só preciso focar, é isso...

Bom, eu vi em uma postagem no Facebook essa foto ao lado, a imagem por si só já foi capaz de me emocionar, mas, ao ler a frase escrita sobre ela, se tornou impossível segurar as lágrimas que vieram juntamente com as lembranças.


Acho que independente da religião, aliás, no livro eu falo sobre a minha espiritualidade, a minha forma de ver a religião, onde hoje eu creio em Deus e acho válida quase todas as religiões, acredito que elas nos levam para o mesmo lugar, para Deus, Alá, Brahmã, Poder Superior e quanto ao Salmo 91, é um salmo que gosto muito, ele me acompanhou durante toda a minha jornada, quando a minha fé em Deus, no Poder Superior foi testada e toda noite quando o Gabriel sumia, eu me trancava em meu quarto, e a primeira oração que eu fazia, a primeira prece, era o Salmo 91, lembro-me da sensação reconfortante que eu sentia sempre ao terminar de rezar, lembro-me como se fosse hoje da sensação de serenidade que eu sentia, era como se após rezar, eu tivesse certeza de que Deus estava me ouvindo e ia providenciar o retorno do Gabriel, sã e salvo.

E isso de fato acontecia, mesmo após dias de sumiço, sem notícias, algo sempre me dizia que ele ia voltar e ele voltava.

É como se a minha fé fosse crescendo na medida em que o desespero crescia e era como se o Universo, Deus, o Poder Superior encontrasse uma forma de me acalmar e me dar forças.

Não frequento Igrejas, sou católica de berço, cresci em um colégio de freiras, onde se rezava em francês e inglês todos os dias, cresci me confessando desde os 11 anos mais ou menos, mas, isso não foi imperativo para que eu achasse que somente a minha religião era a certa, busquei respostas em várias outras, não por achar que a minha não tinha respostar, mas, por achar que cada uma das religiões tem a sua visão da mesma situação e me inclinar a buscar tais respostas, foi o que me ajudou a entender de diversas formas tudo o que vivi. O que quero dizer é que acho que não importa qual é a sua religião, o que importa é a nossa fé, a nossa crença em Algo que não podemos ver, é acreditar no impossível e saber que quando acreditamos no impossível, ele se torna possível.

É curioso o que vou dizer, mas, às vezes, quando "algum desvio" no rio da minha vida aparece, quando uma "curva" inesperada aparece em meu caminho e eu me sinto um pouco desesperada, eu busco dentro de mim aquela garota de 18 anos que conheceu o inferno na terra e que encontrou forças para não desistir, eu procuro me lembrar daquela fé inabalável que eu sentia e tento trazer para a minha vida atual a mesma fé.

Acho que eu nunca tive tanta fé em Deus, no PS como naquela época e ter tido a minha fé testada e sentir que passei no teste é mais um motivo para eu dizer que Valeu a Pena!

Eu conheci o verdadeiro significado da palavra acreditar e hoje, sempre que algo me tira do meu eixo, busco   uma forma de me conectar com aquela garota forte e faço isso, rezando o Salmo 91, é a minha forma de me conectar com minha fé.

Não importa qual é a sua crença, o importante é acreditar!

Boas 24 horas!

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